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Sinopse por: Luís Nogueira O texto começa com uma espécie de constatação que é ao mesmo tempo uma apresentação do seu objecto: "A estratégia publicitária tem-se vindo a alterar de maneira significativa a partir dos finais dos anos 60. O apelo ao consumo tornou-se mais implícito e subtil. A compra do produto passou a ser mais insinuada e sugerida do que imposta abertamente. A habituação generalizada do público e o aumento do nível cultural de um número cada vez maior de profissionais fizeram do discurso publicitário um campo extraordinário da prática inter-textual contemporânea. A publicidade foi atingindo uma capacidade crescente de auto-ironia e até de uma relativa anti-publicidade, recuperando assim em grande parte antigas críticas inspiradas nas diferentes concepções éticas dos humanismos, e inscrevendo de antemão nos seus dispositivos quaisquer contestações futuras. Semelhante viragem só é possível porque a linguagem, além de ser um processo significativo, joga com mecanismos estratégicos expressivos, nomeadamente de sedução e de simulação, e referentes à ordem libidinal".
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