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Sinopse por: Luís Nogueira O início da reflexão: "Se é verdade que o capitalismo passa hoje por um processo de globalização inelutável, o Estado, enquanto garantidor das condições gerais necessárias ao processo de desenvolvimento que o capital individual não tem a capacidade de suprir, deveria estar passando por uma reestruturação simétrica. O Estado produz as condições externas necessárias para a acumulação e, para que ele cumpra a contento essa função, deve garantir também a sua própria legitimidade, através de uma política social que atenda, de alguma forma, as necessidades das mais amplas camadas da população. O interessante da situação actual é que, na medida em que o Estado nacional se debilita frente ao capital globalizado, e dado que isso se traduz num alto grau de incapacidade de fazer frente à crise e inclusive de administrá-la, coloca-se a questão da possibilidade da construção de algo parecido a um Estado global, capaz de garantir efectivamente a estabilidade do sistema frente às tendências destrutivas da concorrência entre os capitais individuais e entre os Estados nacionais capitalistas".
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