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Sinopse por: Luís Nogueira O objectivo deste texto é bem claro, e pretende simplesmente responder á questão que se segue: "Qual é então o lugar que os estudos sobre a comunicação ocupam na Universidade?" Segundo o autor, "o diagnóstico que podemos fazer dos estudos da comunicação leva-nos a concluir que se trata de um domínio de saber relativamente marginal ao saber universitário, uma vez que que estes estudos não asseguram habitualmente uma função científica, mas as funções subsidiárias da pedagogia, da profissionalização e da prestação de serviços. Mais do que nas outras áreas do saber, na área da comunicação assistimos a um ensino insuficientemente crítico, em que predominam portanto as visões espontâneas do senso comum, mais interessadas em transmitir conhecimentos úteis do ponto de vista profissional do que em questionar a experiência comunicacional. É por isso que a comunicação continua a ocupar um lugar paradoxal no seio da Universidade. É, por um lado, uma área em expansão, preferida por um número crescentes de candidatos ao ensino superior, mas é, por outro lodo, uma área em que o esforço pedagógico e profissionalizante se sobrepõe ao trabalho científico, tornando-se por isso uma área desacreditada, olhada com suspeição por parte das outras áreas do saber.
Como inverter esta situação e fazer com que os estudos de comunicação ocupem um lugar científico idêntido ao lugar que ocupam as outras áreas do saber universitário"? Para responder, o autor propõe-se apontar "quatro tarefas urgentes e prioritárias".
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