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Sinopse por: Luís Nogueira "Escreve Edmund Husserl no pequeno Tratado sobre Semiótica ou a Lógica dos Sinais: Os símbolos servem a economia do trabalho intelectual tal como as ferramentas e as máquinas servem o trabalho mecânico. Pese embora a acepção algo mecanicista dos signos presente no excerto, a comparação dos signos a ferramentas tem várias vantagens: introduz imediatamente o tema da economia e da eficácia dos signos; é uma comparação muito plástica, extremamente intuitiva; realça o aspecto "utilitário" dos signos, isto é, o de serem objecto de uso; levanta a questão da adequação ou inadequação dos signos não tanto em termos de significação mas em termos de uso; e sobretudo coloca o problema acerca da qualidade dos signos, se os signos podem ou não ser melhorados, aperfeiçoados, no que concerne à sua utilização. Acresce ainda que o vasto leque de áreas de investigação para as quais a comparação dos signos a ferramentas remete suscita de alguma forma o questionamento do próprio sentido do signo e da natureza da ciência dos signos. Assim, ao abordar o tema da economia e da eficácia dos signos visa-se eo ipso fazer uma análise e reflexão sobre os signos eles mesmos e sobre a ciência que os estuda", diz o autor na introdução ao texto que constituiu a Lição Síntese apresentada à Universidade da Beira Interior para Provas de Agregação em Ciências da Comunicação.
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