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Sinopse por: Luís Nogueira Lê-se na introdução: "O movimento das mulheres, como outros movimentos identitários, na luta pelo reconhecimento público dos seus direitos e necessidades, não deixou de prestar atenção ao facto de as mensagens em grande parte determinarem o que consideramos saber, que saber privilegiamos, que valores abraçamos, que poderes se estabelecem. Além de todas as práticas significantes envolverem relações de poder, incluindo o poder de definir quem e como é incluído e quem e como é excluído, as feministas estão bem conscientes de como os sistemas simbólicos oferecem formas de fazer sentido da experiência, das divisões sociais e das formas de exclusão e estigmatização de alguns grupos.
Assim, em termos gerais, poder-se-à dizer que uma parte da acção feminista consiste, por um lado, em avaliar criticamente os discursos construtores de uma teia de significado, de uma visão do mundo socialmente construída, que historicamente têm excluído ou secundarizado a experiência das mulheres e, por outro, em avaliar aquilo que, nos seus termos, pode ser considerado `o mito do acesso universal´ à esfera pública. Nessa avaliação, podemos identificar duas linhas de investigação que parecem percorrer caminhos paralelos e nem sempre convergentes: uma, de certo modo vasta e dispersa, que reuniremos sob os estudos feministas dos media, e outra de investigação e reflexão em torno da esfera pública".
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