| Ética e Sentido Sinopse por: Graça Gonçalves
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Obra: Ética e Sentido Autor(a): Marina Ramos Themundo - Universidade de Coimbra Ano publicação: 1988 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 440
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Temáticas: » Direito e Ética da Comunicação » Linguagem e Literatura
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Sinopse por: Graça Gonçalves Da introdução: "Como se começa a pensar? Por questões que nos pomos a nós mesmos ou a partir de nós mesmos, na sequência de acontecimentos originais? Ou por pensamentos e obras com os quais começamos por entrar em contacto?" - perguntou, um dia, em entrevista publicada numa obra conhecida, Philippe Nemo ao filósofo contemporâneo Emmanuel Lévinas. A questão de Philippe Nemo profundamente pertinente, atendendo à história pessoal do entrevistado - duplamente marcada, sob o ponto de vista existencial e literário, pelo acontecimento do Holocausto e pela pedagogia bíblica - ultrapassa, não obstante, em alcance, o limite do aspecto circunstancial determinante e visa qualquer caminho de reflexão, seja qual for a extensão percorrida e o valor dos efeitos do percurso. Um caminho de reflexão é, de um modo geral, uma viagem à solta de uma questão. Temos, pois, a ideia de que, tal como tudo o que é temporal, teve um início no tempo; e, tal como tudo o que é humano, aconteceu a partir de uma motivação. Somos, assim, tentados a encontrar a substancialidade deste a partir de na estrutura quadrimensional (cronotopológica) do acto em que - detendo-nos- arrancamos, deslocando-nos ao longo da questão. Pode-se, sem dúvida, a posteriori, pontuar o tempo, utilizando a sinalização da escrita, colhida na aprendizagem das regras gramaticais. Os sinais têm as suas regras de uso. Mas quem escreve, inscreve, apenas, - no espaço de flexibilidade permitido por essa generalidade formal - a margem de liberdade da sua escrita: a manipulação de um domínio que não domina, ou seja, a sua espacio-tempo-literalidade. A pontuação tem, pois, a sua perversidade, a sua errância própria. Estamos, por conseguinte, sempre dentro do gesto infractor, mesmo se e sobretudo se esse gesto é um gesto de pensamento. O que o atravessa e se atravessa através dele, é inominado. Não permite sequer a designação ostensiva do isto. (...)"
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Índice: Introdução
I Parte
Da génese do Tractadus Logico-Philosophicus de Ludwig Wittgenstein
Um "Diário de Guerra". Onde, a guerra?
Questões preliminares a uma resposta
Resumo do Evangelho de L. Tolstoi - "O livro que me salvou a vida!"
Origem e adjectivo da obra
Análise do conteúdo existencial do Resumo do Evangelho
Considerações metodológicas
Delimitação do conjunto textual
Articulação do conjunto textual
Semântica do conjunto textual
Dramatização do conjunto textual
Re-escrita "poética" do texto. Da beatitude
Significado existencial da "religão prática" de Tolstoi.
Limites de uma leitura
Contributos teóricos para a compreensão da dimensão ético-mística da beatitude
A concepção psicanalítica e as concepções filosóficas da moral
A emergência da consciência moral: o processo da sua formação
A consciência moral e a razão
A dialéctica da razão e do desejo. Moral da Razão e Moral da Felicidade e do Amor
Dimensão ético-mística da "religião prática" de Tolstoi
Da presença do Resumo do Evangelho de L. Tolstoi nos Tagebücher 1914-1916: o sentido da vida
O "estatuto" da vontade humana
Da impotência da vontade
Da potência da vontade
O significado da vontade
A relação da vontade com o mundo
A relação da vontade com o sujeito metafísico
Da conexão da ética com o mundo
A renúncia como forma de libertação. Sentido da categoria místico-existencial da "repetição"
A ética enquanto "condição de mundo". O mundo do homem feliz
O "problema da vida". Sentido ético da assunção do mundo
O sentido do "mundo visto sub specie aeternitatis": a intemporalidade e o apaziguamento
O sentido ético do medo da morte
O sentido ético do suicídio, enquanto "pecado elementar"
Carácter fundamental da ética. Sentido de um caminho de reflexão
II Parte
Tractatus: um acto ético. Exercício de releitura
A
Dos Tagebücher ao Tractatus Logico-Philosophicus: a filiação genética
Da intenção ética do Tractatus
A estrutura onto-lógica do mundo. A visão sub specie aeterni
Da necessidade lógica aos limites da linguagem
Necessidade e possibilidade. Da relação: lógica, linguagem, mundo
Da forma geral das proposições à "essência do mundo"
A dimensão ética da compreensão da "essência do mundo". A impotência da vontade
B
Do "dizer" e do "mostrar"
Preliminares à exposição da "Teoria da distinção entre o `dizer` e o `mostrar`"
A genealogia da "Teoria da distinção entre o `dizer` e o `mostrar`"
A posição da "Teoria da distinção entre o `dizer` e o `mostrar` no Tratactus
A "Teoria da Figuração"
Dos estatutos semânticos: do "nome" e dos diferentes tipos de "proposições"
Da distinção entre o "uso demonstrativo" e o "uso reflexivo" do verbo "mostrar"
Da voz que fala no dizer silencioso do não-escrito
A linguagem escada
Da verdade do solipsismo
Da potência da vontade : as representações do mundo
A dimensão ética do solipsismo realista
A dimensão mística do solipsismo realista
O "mostrar-se" transcendental do místico
A dimensão ética do filosofar
A função ética do filosofar como análise da linguagem
A função ética da especulação sobre os limites da linguagem. Tratactus: um texto de comunicação indirecta
"Kerygma" cristão e "ética" wittgensteiniana
Considerações finais
Confronto de interpretações
Do sentido da compreensão wittgensteiniana da ética para a experiência contemporânea do mundo
Bibliografia
Indice de autores
Indice geral
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