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Sinopse por: Luís Nogueira Texto apresentado no 3º Congresso da Lusocom, Braga, 29 de Outubro de 1999. diz o autor: "Propomos aqui o esboço de um ponto de convergência entre as reflexões de Marie-José Mondzain e as de Gilles Deleuze sobre a natureza das imagens. As reflexões de Mondzain têm por objecto e ponto de partida a "querela das imagens" de Bizâncio, no século IX, centrada na luta entre iconoclastas e defensores dos ícones, os iconófilos, e que obrigou estes últimos a elaborar o primeiro grande pensamento da imagem, o qual estaria na base do imaginário contemporâneo, quer dizer, na base tanto da produção de imagens quanto da relação com as imagens. (...) Interessa-nos essa ideia de uma imagem que se desenvolve, que se estende, para além da sua própria visibilidade. Simplificando, para o que aqui nos importa, tratou-se, para os defensores das imagens, de libertar a imagem de uma avaliação feita pela "bitola do Ser", da semelhança e do verdadeiro - "a imagem nunca é verdadeira", diz Mondzain -, para acentuar o seu carácter fundamentalmente dinâmico, o seu carácter de mobilidade e manifestação - "mobilidade específica da manifestação do Ser na medida em que ele não está aí", diz ela; por conseguinte, enquanto não é dado de antemão, enquanto é invisível".
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