|
Sinopse por: Luís Nogueira Como diz o autor, a compilação de textos sobre Pierre Rivière, que degolou, em 1835, a sua mãe, a sua irmã e o seu irmão é uma série de escritos que "forma parte dos trabalhos de Foucault, não sendo, em bom rigor, uma obra sua - talvez de ninguém - e tem de ser considerada uma chave para a leitura dos textos de Foucault. Ele próprio assinalou o deslocamento que os seus últimos escritos pressupõem. Todavia, não seria difícil encontrá-los latentes, em algum sentido, nos seus primeiros textos. <br>Já é clássica a divisão dos seus trabalhos em três momentos. As presentes linhas têm origem na consideração de que Moi, Pierre Rivière ... permite ligar os escritos sobre linguagem e literatura, de uma suposta primeira época, com os últimos, da História da Sexualidade. Mais ainda, indo além da inconsistência de uma atomização dos seus textos, prendem-se ao moi para ver nele o gozne sobre o qual giram os escritos de Foucault, na tensão de amor e morte que suporta a linguagem e a escrita. A necessidade de dizer moi, e o preço de fazê-lo, domina o projecto de Foucault, sempre pronto para novas formas em que se narra".
|
|