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Sinopse por: Luís Nogueira Resumo do texto, apresentado no I Congresso da Sopcom, em Março de 1999: "Chamemos «estado do cliché» (Deleuze) à ocultação da imagem operada pela percepção e àquilo em que a imagem se torna uma vez actualizada: a imagem cairia em clichés e seria modelo de clichés. Chamemos «invenção do simulacro» (Klossowski) ao trabalho de limpeza do cliché, trabalho que «pressupõe o reino dos esteriótipos que prevalecem». Afirmamos que todo o simulacro é distorsão, diferença, tanto relativamente ao cliché, quanto em si mesmo, caracterizando a não-distinção entre real e imagem.O atingir a imagem, o fazer com que ela seja imediatamente real (Bacon), significa trabalhar nela de modo a que o modelo e o discurso não a sobredeterminem de forma tal que figuratividade e receptividade estejam sempre a caminho de um real separado da imagem, de um lugar comum do sentido e do visível. Significa, em suma, quebrar um esquema de percepção.Apresentamos, por fim, a afecção (Bergson) e a imagem-afecção (Deleuze) como uma violência feita pela imagem à percepção, quando, de repente, vemos que vemos... Quando, de repente, a imagem nos olha..."
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