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Sinopse por: Luís Nogueira O autor introduz deste modo o seu texto: "Sustentadas tradicionalmente na agricultura, as aldeias vêem-se condenadas à morte pela redução rápida e definitiva da actividade agrícola no conjunto das actividades económicas. O despovoamento brutal do interior de Portugal nas décadas de sessenta a noventa é consequência e espelho da incapacidade de as aldeias acompanharem a mudança económica e social provocada pela modernização do país. As novas tecnologias da informação e da comunicação podem dar azo a uma viragem. Com efeito, com as suas reconhecidas potencialidades nas áreas do trabalho, do lazer e da participação cívica, elas transformam o espaço em que vivemos. O ciber-espaço é sobretudo visível nas modificações que introduz no espaço real. Assiste-se actualmente a uma emancipação territorial do espaço da vida, isto é, a uma emancipação do papel socio-económico, cultural e político, do indivíduo relativamente aos seus confins locais. Ora é a partir destas modificações do espaço real que deverá ser repensado o modo de vida das aldeias. A qualidade de vida que se goza nas aldeias, o equilíbrio social e ecológico que as caracteriza, são factores de atracção para muitos que podem desenvolver as suas actividades longe dos grandes centros urbanos".
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