|
Sinopse por: Graça Gonçalves Da introdução: "As Investigações Lógicas (1900-1901) abriram um caminho em que, como se sabe, toda a fenomenologia se enterrou. Até à quarta edição (1928), nenhuma deslocação fundamental, nenhuma impugnação foi decisiva. Correcções, por certo, e um intenso trabalho de explicitação _ Ideias...I e Lógica formal e lógica transcendental _ desfraldam sem ruptura os conceitos de sentido intencional ou noemático, a diferença entre os dois estratos da analítica no sentido forte (morfologia pura dos juízos e lógica da consequência) e levantam a limitação dedutivista ou nomológica que até aí afectava o conceito de ciência em geral. Na Krisis e nos textos anexos, em particular na Origem da geometria, as premissas conceptuais das Investigações estão ainda em acção, sobretudo quando concernem a todos os problemas da significação e da linguagem em geral. Neste domínio, mais do que em qualquer outro lugar, uma leitura paciente faria aparecer nas Investigações a estrutura germinal de todo o pensamento de Husserl. Em cada página se pode ler a necessidade _ ou a prática implícita_ das reduções eidéticas e fenomenológicas, a presença assinalável de tudo aquilo a que elas darão acesso. (...)
|
|