|
Sinopse por: Luís Nogueira Refere o autor no início do seu texto: "O filósofo americano do cinema Noël Carroll divide a teoria do cinema em dois momentos: a teoria clássica e a teoria teoria moderna. Chama clássica a toda a teoria sobre o cinema escrita no período anterior às teorias estruturalista, semiótica, pós-estruturalista, marxista e lacaniana. Carroll considera que a divisão entre as teorias clássica e moderna é atravessada por um erro filosófico comum a ambas - o essencialismo -, e ainda que tanto os teóricos clássicos como os modernos possuem um sistema oculto que talha as suas teorias de modo a que se adaptem ao tipo de filmes que preferem. Utilizarei estes pontos em comum entre as teorias clássica e moderna como autorização para generalizar sobre ambas em conjunto". E prossegue: "Nos estudos fílmicos (e literários) modernos, o termo teoria é usado de forma promíscua - é o mínimo que pode dizer-se. Poder-se-ia pura e simplesmente riscar tal uso da palavra teoria por não comportar nenhuma semelhança interessante com o seu uso noutros campos, em especial na filosofia". De que modo então se pode responder aos problemas gerais com que se enfrenta a teoria do cinema e que consistem no seguinte: nos estudos de cinema as teorias existem para explicar factos, e, se assim é, quais são os factos que necessitam de explicação?
|
|