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Sinopse por: Graça Gonçalves Do prefácio: "Eis um denso e estimulante livro que traça com extrema nitidez as várias configurações móveis do pensamento de Foucault, sem nunca descurar a inscrição histórica das suas diversas problematizações. Pensar, diz Foucault, nem consola nem dá felicidade. Toda a sua obra é uma resposta à pergunta o que significa pensar: "Pensar é experimentar, é problematizar. O saber, o poder e a "constituição de si" são a tripla raíz de uma problematização do pensamento"_ problematização que se apresenta como um desafio à invenção de novas formas de subjectividade e à emergência de novas formas de pensar. Poderia ser aplicado à obra de Foucault o comentário que ele formulou a pretexto do pensamento deleuziano _ e notar como entre estes dois pensadores sempre houve uma compreensão que excede a luta mesquinha e rival própria ao meio intelectual. Diria Foucault: "Para libertar a diferença precisamos de um pensamento sem contradição, sem dialéctica, sem negação: um pensamento afirmativo cujo instrumento seja a disjunção; um pensamento do múltiplo _ da multiplicidade dispersa e nómada que não limite nem reagrupe nenhuma das coacções do mesmo; um pensamento que não obedeça ao modelo escolar, mas que se dirija a problemas insolúveis".
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