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Sinopse por: Luís Nogueira Um excerto do texto: "A comunicação impõe-se como um imperativo universal e categórico. Pode também aparecer como um ideal de sociedade, uma vez que faz pensar que é ao mesmo tempo a origem das relações entre os homens e a finalidade do desenvolvimento da modernidade. Este angelismo da função social e cultural da comunicação não cessa de ser contradito pelos factos que mostram em que medida o acto de comunicar é apanhado na armadilha dos dispositivos totalitários. as teletecnologias, os modos de circulação da informação têm certamente como finalidade tornar as relações humanas mais fáceis mas dão também uma configuração essencialmente instrumental às transacções sociais. Conectar-se às redes é uma coacção: viver desconectado torna-se mortal, mesmo se ainda cada um de nós acredita no seu quant-à-soi. O que daí resulta é uma ordem da comunicação em que tudo parece ser possível; aquilo que está em jogo já não é inscrever sentido, dar ou receber intenções, mas repetir indefinidamente o acto de comunicar".
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