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Sinopse por: Luís Nogueira Arranca assim o texto: "A passagem do virtual ao actual constitui a principal obsessão da modernidade. Todo o pensamento social vive da nostalgia de um nome perfeito que acalme as estratégias da não identidade que se tornaram a marca angustiante do fim do século. É em nome do virtual que se constrói a possibilidade de transformar o agir em acontecer, graças ao qual o amanhã ganha contornos ou de paraíso ou de inferno. Porém, o momento utópico é o principal sacrificado da redução da utopia à tecnologia. Na estratégia adorniana - suficientemente original para não ser enquadrada nos limites estreitos de um projecto institucional - a realização da emancipação significa uma síntese na qual o todo triunfaria. Como o todo é falso, a utopia de Adorno é a única que permanece num estado de tensão constante, ou seja, permanece utopia porque exige constantemente não ser realizada". É em torno destas questões que o autor constrói a sua reflexão.
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