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Sinopse por: Luís Nogueira Da introdução do livro: "(…) O nosso trabalho dirige-se para a descrição das diversas modalidades de investigação que têm como objecto os chamados efeitos cognitivos da comunicação de massas. Por efeito cognitivo entendemos o conjunto das consequências que derivam da acção mediadora dos meios de comunicação de massas sobre os conhecimentos partilhados por uma comunidade. Os indivíduos e os grupos sociais necessitam de uma grande quantidade de informação que lhes permita reconhecer o seu meio e adaptar-se às suas mudanças para determinarem as suas estratégias de decisão. Do mesmo modo, o sistema social necessita de uma distribuição selectiva dos conhecimentos públicos (todo o tipo de informação, de saber, de ficção ou de valores estéticos) vinculados aos fins e orientação normativa dominantes.
Os meios de comunicação actuam, precisamente, como instituições mediadoras entre a população e a realidade, entre a população e as instituições que protagonizam os processos de decisão pública. É, por isso, como se observará ao longo do texto, que o estudo dos efeitos cognitivos nos conduz a uma revisão profunda da opinião pública e dos vínculos que se estabelecem entre o sistema político e os meios de comunicação de massa.
(…) O nosso trabalho procura sistematizar aquelas investigações que tentam explicar ou compreender os efeitos da comunicação de massas a partir de uma consideração correcta, não só das actividades persuasivas, mas também das actividades cognitivas.
As linhas de investigação seguidas no nosso trabalho foram, sobretudo, quatro: a Agenda Setting Function, a tematização surgida originalmente do funcionalismo sistemático de Niklas Luhmann, a Gap Hypothesis e a investigação surgida, através da aplicação da sociofenomenologia à investigação comunicativa".
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