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Sinopse por: Luís Nogueira Um excerto que permite entender o contexto do projecto: "As escolas são um heterogéneo mosaico de discursos e representações. Ao contrário de visões que tentam arbitrariamente unificar aquilo que se afigura, na realidade, múltiplo e complexo, procurei, em estudo anterior, dar conta de um terreno plural, marcado por clivagens várias, em particular provenientes das diferenças de género e de inserção classista. Tentando refutar o que considerava ser um conceito "camisa de forças", o de geração, explorei obstinadamente a ideia de que a juventude estudantil, vista pelo terreno das práticas culturais, desmentia uma persistente "dupla ilusão da homogeneidade": a de que consistia um todo enquanto "juventude" (primeira "ilusão") e a de que configurava uma célula subcultural coerente, resultado da comum condição estudantil (segunda "ilusão). Alguma teimosia, consubstanciada numa orientação teórica demasiado fechada, impediu-me de compreender que um dos resultados mais interessantes da pesquisa impelia-me a admitir a existência de mapas simbólicos estudantis com alguma unidade, ainda que pela negativa".
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