|
Sinopse por: Luís Nogueira "Nunca como hoje uma abordagem genealógica da experiência se tornou tão problemática, uma vez que um dos aspectos que o diagnóstico da modernidade nos revela é o do esquecimento da sua génese, em nome da pretensão de autonomização em relação às origens e de constituir assim um processo indefinidamente renovado de refundação da experiência.
As tecnologias da informação e a experiência da realidade virtual constituem hoje um campo exemplar deste processo de esquecimento. As razões desta amnésia têm provavelmente a ver com uma das ilusões características da experiência da inovação técnica. Mas podemos suspeitar de que as formas que a actual experiência técnica realiza se alimentam do esquecimento, prosseguido ao longo do processo de modernização, das formas imaginárias que constituem o fundo arcaico da nossa civilização.
Fazer a génese da realidade virtual é proceder a uma crítica positiva, no sentido que o termo grego originário, krisis, possui de discernimento. O trabalho que pretendo aqui apresentar tem portanto a ver com este processo de discernimento das formas imaginárias que alimentam o funcionamento dos dispositivos da realidade virtual". É este o contexto introdutório com que o autor apresenta o texto.
|
|