| O cinema espectáculo Sinopse por: Luís Nogueira
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Obra: O cinema espectáculo Autor(a): Eduardo Geada Editora: Edições 70 Colecção: Arte e Comunicação Ano publicação: 1987 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 174
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Temáticas: » Cinema » Cinema
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Sinopse por: Luís Nogueira Excerto do pequeno texto introdutório que abre o livro: "Embora o espaço, o tempo e as condições sociais e psicológicas da materialização do espectáculo - tela brilhante, sala às escuras, espectador imobilizado - permitam uma evocação analógica entre o filme e o sonho, não deixaremos de notar que mesmo no universo das mais extravagantes efabulações o cinema persiste em nos contagiar com indícios de uma realidade que não deixaremos de partilhar. O paradoxo do cinema - e do espectáculo - consiste precisamente em nos abrir a porta do imaginário habitado por objectos mentais e imagens reais, fortes e penetrantes como uma aresta de diamante, doces e fluidas como um aroma de perfume.
Se todo o filme é, então, aceite dentro dos parâmetros do espectáculo cinematográfico, tanto na abordagem da sua formalização discursiva, como na abordagem da sua disposição técnico-comercial, ambas imersas no mesmo curso de mobilização emocional do espectador, resta saber se existem - e como funcionam - determinados mecanismos formais e sociais, próprios de uma certa maneira de produzir e ver cinema e de uma certa classe de filmes, favorecida pela indústria cultural e propensamente vocacionada para a intensificação aturada do puro prazer visual, para a criação do que designaremos brevemente por cinema espectáculo".
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Índice: 1. Genérico
2. Estruturação do Campo Visual
2.1 O efeito de ficção
2.2 Teoria das proporções
2.3 Percepção e perspectiva
2.4 A soberania do olhar
2.5 O espaço dramático
2.6 O panóptico
2.7 O olhar soberano
2.8 O tempo livre dos súbditos
3. O cinema de corpo e alma
3.1 Um tiro na câmara escura
3.2 O complexo da múmia
3.3 O enigma do rosto
3.4 Entre a janela e a moldura
3.5 O homem transparente
3.6 O regresso ao mesmo
4. Emergência e metamorfose do público
4.1 Uma invenção sem futuro
4.2 O écran das ilusões
4.3 O mudo não é surdo
4.4 A elevação da clientela
4.5 O controlo social
4.6 As catedrais e o culto
5. O brilho das estrelas
5.1 A mercadoria e o acontecimento
5.2 O diferente, o diferido, a deferência
5.3 Os heróis do consumo
5.4 Vitalidade, velocidade, violência
5.5 O sangue e o ouro
6. Mitológica do amor
6.1 O corpo e a voz
6.2 O rosto e o resto
6.3 Material em bruto
6.4 O natural não neutral
6.5 A sublime imitação
6.6 O interior e o exterior
6.7 O gesto social
6.8 O actor é um reactor
7. Os dispositivos formais
7.1 O conflito e o consenso
7.2 O verdadeiro e o falso
7.3 Os simulacros
7.4 Micronarrativa e publicidade
7.5 Os materiais transnacionais
7.6 O fundo musical
8. O espectro da crise
8.1 Preferências dos públicos
8.2 Televisão e função do imaginário
8.3 Passeio de automóvel
8.4 Os filmes à pressa
8.5 Quem vai ao cinema?
8.6 O caso português
9. O prazer da crítica
9.1 A política dos autores
9.2 O sistema e o programa
9.3 A devoção do cinéfilo
9.4 A estratégia da aranha
9.5 A linguagem cinematográfica
9.6 A vontade de saber
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