| O ocidente e a poética esquiva do Haiku Sinopse por: Luís Nogueira
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Obra: O ocidente e a poética esquiva do Haiku Autor(a): Manuel Lourenço Forte Autor(a): Manuel Pinto Ribeiro Editora: Vega Colecção: Outras Obras Ano publicação: 1995 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 120
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Temáticas: » Linguagem e Literatura
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Sinopse por: Luís Nogueira Como se pode ler no prefácio, "Um ocidental que pela primeira vez preste atenção a um haiku fica por certo fascinado ou reage com uma intensa rejeição que quase é incapaz de explicar por palavras que ultrapassam o simples não gosto ou o mero isto não é poesia.<br>
É indiscutível que a extrema economia verbal, aliada em muitos deles à beleza da imagem evocada, suscita uma imediata admiração pelo que desde logo o haiku se impõe como um tour de foce da escrita: o ocidental maravilha-se com a densidade enorme de beleza concentrada em cada linha.<br>
Na verdade, o haiku tem apenas 17 ou 19 sílabas, distribuídas por três versos (de sete, cinco e sete sílabas cada, segundo Barthes), e há quem o considere e forma mais curta que a poesia pode assumir, sendo indiscutível que é necessária alguma sofisticação, por parte do poeta, para alinhar um haiku contendo uma imagem de beleza acabada.
Para alguém interessado pela Poética, esta capacidade de conseguir uma imediata adesão ou repulsa por parte de um tipo de poesia torna o haiku digno de análise, de uma tentativa de dissecação - a que o haiku resiste aliás com uma capacidade de esquiva e fuga-sem-sair-do-sítio (...). E por um mecanismo fácil de aceitar, mas também ele difícil de explicar, a própria resistência oposta pelo haiku à análise e à dissecação se torna objecto de fascínio, que rapidamente nos arrasta para digressões um pouca mais amplas do que de início seria de esperar". É desse e com esse fascínio que se constrói este livro.
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Índice: Prefácio<br>
Introdução<br>
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Os olhos de Barthes ou O Haiku e o silêncio<br>
1. O paradigma do haiku<br>
2. Os meandros da poesia ocidental<br>
3. O poema e o sentido<br>
4. O haiku e o silêncio<br>
<br>
Sentido e não-sentido na emoção estética<br>
1. O vazio pela esquiva no haiku ou o haiku e o real<br>
2. O haiku contra o contexto ou o haiku e o vazio<br>
3. O vazio centrípeto e a emoção estética<br>
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O que disse (e o que não disse) Jung<br>
1. Mandala, isolamento, renovação e animação
2. O inconsciente: mola e pedra-de-toque<br>
3. Mandalas e haikus - exorcismos do inconsciente<br>
4. Do haiku ao mandala: a fuga para dentro<br>
5. A arte e os mandalas - e os haikus como quimeras<br>
<br>
O rifão (ou adágio, ou provérbio) e o haiku<br>
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Simbolismo numerológico<br>
1. Unidade e inconsciente<br>
2. O todo e a parte no haiku e na quadra<br>
3. O soneto: fixação sesquitércia ou advento do haiku?<br>
<br>
O haiku e o contexto<br>
1. A cultura e o self<br>
2. Contra contexto e sentido: o haiku como corte<br>
3. O haiku como abalo que anula o passado<br>
4. O haiku-solidão e o banal revivido<br>
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O mesmo - de outra maneira<br>
1. O tema<br>
2. O efeito<br>
3. Oriente, Ocidente e indivíduo: ontem, hoje e amanhã<br>
<br>
O haiku em Portugal<br>
1. A língua portuguesa e o sentido<br>
2. A lógica do português e os haikus<br>
3. O haiku em português<br>
4. O haiku em português e a teoria das catástrofes<br>
5. O haiku como projecto na língua portuguesa<br>
6. Casos (ou acasos?) de poetas portugueses<br>
7. In medio-virtus? O caso de José Blanc de Portugal<br>
8. "As Irreflexões", de Yvette K. Centeno<br>
9. O caso de Armando Martins Janeira<br>
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Epílogo<br>
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