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Sinopse por: Luís Nogueira As palavras da própria autora: "A minha contribuição não pretende ser senão uma introdução global às problemáticas da escrita e da leitura que estão hoje na ordem do dia e que poderão servir para uma reflexão posterior, sobre as modalidades de leitura que os textos sofreram no desenrolar da nossa cultura. Tais modalidades implicam de uma ou de outra forma a participação do corpo, investindo-o ou não de valor significante.
É para nós, hoje, claro que a escrita, tal como a conhecemos e praticamos, é uma escrita fonológica, isto é, uma escrita que está dependente, que é representação da fala, portanto, um código segundo e secundário que se subordina aos códigos da oralidade. Esta subordinação foi apercebida desde os mais remotos tempos, desde Platão e os gregos, que desprezavam, por isso a escrita, por ser cópia de cópia, e mais do que isso, por tal cópia poder funcionar na ausência do seu autor, sem o seu aval, a sua interpretação, a sua presença física, com tudo o que isso envolve".
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