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Sinopse por: Luís Nogueira É a partir da apresentação da figura do trabalhador efectuada em Der Arbeiter, obra que Ernst Jünger escreveu no início da década de trinta, que Edmundo Cordeiro constrói a sua dissertação de mestrado. Segundo o prórprio autor, "este trabalho tem por objectivo apresentar tanto a visão dessa figura quanto a sua possibilidade: no facto de ambas não poderem ser consideradas senão indistintamente centra Jünger o seu esforço".
Dando a ver que o trabalhador, enquanto figura, suporta muitas espécies de trabalhadores, e estas são-lhe mesmo necessárias, visto que alargam o seu domínio, importa definir a noção de figura: na concepção de figura "joga-se, por conseguinte, um ver mais amplo do que aquele que reconhece a coisa só ou que reconhece um conjunto de características comuns a várias coisas. Se, com o estabelecimento do tipo, o homem coloca todo o seu poder no encontro da imagem com a palavra, quando se trata da figura, essa não pode ser estabelecida pelo homem. Dá-se aí um encontro de uma outra espécie: a figura subjuga".
É desse ver mais amplo que se trata em Der Arbeiter no que respeita a uma figura particular: a figura do trabalhador, figura de uma nova era, que dá figura e que é a figura dessa era que se desenha com a Primeira Grande Guerra e com os anos subsequentes.
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