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Sinopse por: Luís Nogueira Da introdução: "Quando publicámos a primeira edição desta obra em 1989, contribuíamos com novos elementos para a constatação, que nesse momento se impunha cada vez mais no pensamento ocidental, da importância crescente assumida pela comunicação mediatizada a uma escala mundial. Hoje em dia, neste fim de século marcado pelo culto do dinheiro e da aparência, pelo regime de “stars” que se impõe em todos os domínios (entretenimento, desportos profissionais, política, literatura), nas sociedades que, no geral, se calam envergonhadamente perante as desigualdades, os desequilíbrios sociais e as injustiças que não param de se acentuar neste preciso momento em que elas possuem meios ainda ontem inimagináveis para se informarem e comunicarem, é forçoso reconhecer que a explosão mundial da comunicação - particularmente na esfera comercial - parece estar no próprio centro destes processos de “espactacularização” e de imposição de uma nova autoridade mediática.
Num tal contexto, esta obra oferece elementos de resposta às grandes questões respeitantes à comunicação e aos media: neste momento, o chamado domínio das comunicações cobre exactamente o quê? Estaremos, neste amontoado de discursos sobre a comunicação, sob o efeito de um movimento de moda, de uma forma de pronto a pensar que evitaria qualquer pensamento autêntico? E porque razão persistiremos em pretender analisar uma grande parte dos disfuncionamentos sociais com a ajuda desta noção de comunicação?
(…) Se pudemos falar da explosão da comunicação na última década, tal deveu-se, evidentemente, aos progressos fulgurantes da convergência entre os grandes domínios da informática, das telecomunicações, do audiovisual e do multimedia. Porém, o título da obra pretende ser igualmente um convite à crítica da equação, formulada com excessiva facilidade, que estabelece uma equivalência entre essa mutação técnica e os progressos efectivos da comunicação humana na sociedade".
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