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Sinopse por: Luís Nogueira "Quando um livro ainda está vivo ao atingir os cinquenta anos, já não é velho. Encontrou o seu lugar no tempo, mas deixou de ser vítima dos ataques corrosivos do tempo. Para melhor ou para pior, fica aquilo que é.
Houve épocas em que, nas escolas de cinema e entre os amantes do cinema, este livro era posto de lado como irremediavelmente ultrapassado pelos progressos da arte do cinema. Se isso já não acontece, é porque este livro mudou de características. A sua relação com os filmes dos anos vinte, de onde retirou a maioria dos seus exemplos, era a mesma que existe entre um manual de filosofia e o corpo humano real que se movimenta à luz do dia. Todavia, era, ao mesmo tempo, um estudo dessas produções pioneiras, da sua experimentação no meio da imagética silenciosa. É claro que esta não pode ser a relação que se estabelece entre este livro e os filmes que foram feitos após a sua publicação, nos cinquenta anos subsequentes. Então, que justifica a sua presença persistente?
Ao continuar a ser lido, o pequeno tratado parece provar que, apesar de todas as mudanças que ocorreram na sua forma, conteúdo e função, os filmes continuam a ser mais genuinamente eficazes quando se baseiam nas propriedades básicas do meio visual", lê-se na pequena apresentação que introduz esta edição do livro.
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