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Sinopse por: Graça Gonçalves Do prefácio: "Entre os ensaios filosóficos e as análises da actualidade, quase todas sobre política, que compõem este volume, que diferença à primeira vista, que disparidade! Em filosofia, o caminho pode ser difícil, mas temos certeza de que cada passo torna outros possíveis. Em política, temos a desencorajadora impressão de um caminho sempre por refazer. Nem sequer falamos dos acasos e do imprevisto: o leitor encontrará menos do que era de temer. O caso é muito mais grave; é como se um mecanismo malicioso escamoteasse o acontecimento no instante em que ele acaba de mostrar o rosto, como se a história exercesse censura nos dramas de que é feita, como se gostasse de se esconder, só se entreabrisse à verdade em breves momentos de confusão e no restante do tempo se esforçasse em frustar as "superações", em reproduzir as fórmulas e os papéis do repertório e, em suma, em nos persuadir de que nada se passa. Maurras dizia que em política conhecera evidências, em filosofia pura, jamais. Isso porque só olhava para a história passada, e sonhava com uma filosofia também estabelecida. Se as considerarmos ao serem feitas, veremos que a filosofia encontra as evidências mais firmes no instante do começo, e que a história em estado nascente é sonho ou pesadelo. (...)"
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