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Sinopse por: Luís Nogueira É este o ponto de onde parte a reflexão: "A censura prévia continua a ser hoje evocada por jornalistas que com ela tiveram de viver, em alguns casos durante dezenas de anos. Essa evocação realiza, no caso português, uma dupla performance: por um lado, constitui-se como repetição de um exorcismo tido como eficaz, celebra metonimicamente a mudança de regime e manifesta negativamente o desejo de uma identidade mal conhecida, a do jornalista liberto da censura. Por outro lado, e curiosamente, a evocação é ela própria censurante, na medida em que nos impede de tomarmos conhecimento de que a censura prévia, essa iníqua polícia do espírito, não é o único modelo de censura". Importa, então, entender melhor tais factos.
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