| Os Outros da Arte Sinopse por: Luís Nogueira
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Obra: Os Outros da Arte Autor(a): Paulo Filipe Monteiro - Universidade Nova de Lisboa Editora: Celta Ano publicação: 1996 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 316
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Temáticas: » Estética, Arte e Design
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Sinopse por: Luís Nogueira Um breve excerto introdutório: "Na teoria como na prática das artes sente-se hoje uma generalizada indefenição quanto aos caminhos possíveis a trilhar. Por isso, quando, no âmbito da minha tese de doutoramento me quis debruçar sobre um conjunto de obras (as do novo cinema portugês), querendo evitar tanto os determinismos redutores como a total indeterminação das práticas artísticas, e não me sujeitando a uma análise só dos aspectos ideológicos nem apenas dos elementos técnicos ou operatórios, tive de começar por reflectir longamente sobre o próprio discurso, ou discursos, que é hoje possível avançar em relação à arte. <br>Na nossa época de profunda revisão dos fundamentos, procedimentos e resultados do pensamento científico, estético e filosófico, não pude recorrer a um programa já elaborado e estabilizado; só o poderia fazer se me limitasse a um autor ou a um pormenor, o que muitas vezes foi (mas no actual contexto de problematização ainda seria mais escandalosamente) uma forma de dogmatismo, de facciosismo ou de moda, isto é, de evitar o pensamento.<br>
(…) A lógica condutora deste trabalho, no entanto, é a minha parte de risco, e passo a resumi-la. Começo por procurar ver como, sobretudo desde o século XVIII, tanto a esfera da ciência como a esfera das práticas artísticas e da correspondente reflexção estética se autonomizaram; como desses contextos resultaram, ou análises reducionistas das obras de arte a determinismos biográficos e sociais, ou defesas, com variadas estratégias teóricas, da total indeterminação das artes".
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Índice: 1. A ciência definidora da arte e sua crítica<br>
1.1O contexto: a autonomização das esferas da experiência<br>
1.2A ciência redutora da arte<br>
O nascimento de uma disciplina<br>
As explicações sociologistas<br>
Crítica das teorias do reflexo<br>
As explicações psicologistas<br>
As "ideias" da obra<br>
1.3 A arte e a estética defendem a sua autonomia<br>
<br>
2. A ciência em diálogo com a arte<br>
2.1 Uma nova concepção de ciência<br>
A transformação da ciência<br>
Pragmática e ciência<br>
Ciência e linguagem<br>
Ciência, sujeito e emoção<br>
Lógica e ciência<br>
2.2 Uma nova situação das artes<br>
Modernismo e modernidade<br>
Os problemas dos esteticismos<br>
Técnica e tradição<br>
O mercado e as massas<br>
A recepção<br>
<br>
3. Crítica dos caminhos e caminhos da crítica<br>
3.1 As abordagens sociológicas<br>
O que fica de uma ciência social da arte, e para quê<br>
Crítica da perspectiva de Bourdieu<br>
Análises alternativas dos consumos<br>
O individualismo contemporâneo<br>
As análises sociais<br>
A institucionalização das classificações<br>
Diferenciação, autonomia e estilo na arte autopoiética<br>
A análise interna das obras<br>
3.2 A história de arte e o conceito histórico de arte<br>
<br>
4. O pensamento jânico<br>
4.1 Da solução ao enigma<br>
4.2 Limites da epistemologização<br>
4.3 Blumenberg e a "razão insuficiente"<br>
4.4 Os contrários não contraditórios<br>
4.5 Perspectivismo e hermenêutica<br>
4.6 A condição crítica<br>
4.7 Os fenómenos na linguagem<br>
4.8 Uma reformulação do programa fenomenológico<br>
4.9 Experiência estética, que experiência?<br>
4.10 Singularidade e distância do outro<br>
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