| Crítica da Comunicação Sinopse por: Luís Nogueira
|
|
|
Obra: Crítica da Comunicação Autor(a): Lucien Sfez Editora: Instituto Piaget Colecção: Epistemologia e Sociedade Ano publicação: 1990 Ano entrada: 2000-01-01
|
|
|
Temáticas: » Sociologia da Comunicação
|
|
|
|
|
|
Sinopse por: Luís Nogueira "Por diversas vezes, certos contraditores que considero como amigos observaram que eu não me podia esquivar à questão do estatuto da minha Crítica da Comunicação. Mas de que jogo neutro posso eu falar tão "livremente", tão "indiscutivelmente" senão da comunicação, dado que, pela forma como a descrevi e reconheci, ela me envolve e absorve por inteiro? Baudrillard não tem razão quando diz que estamos todos mergulhados na espiral comunicativa e que não lhe podemos escapar. Não tem razão, mas como poderia tê-la verdadeiramente?
O jogo da resposta é claro: se seguirmos inteiramente Baudrillard, não podemos fazer nem dizer nada. Todos os nossos actos e todos os nossos enunciados mergulham na armadilha que eles denunciam. Agir ou escrever é a mesma coisa que reforçar essa armadilha, um pouco como os movimentos desordenados daqueles que se enleiam nos pântanos adormecidos.
(…)Que elementos centrais autorizam Baudrillard a essa verificação de um bloqueio que concluiu a sua totalização e por aí nos cerca sem qualquer saída de emergência? Sem dúvida, muitos dos aspectos apontados foram por mim sublinhados e analisados: paradoxo e interconexões, auto-poiesis e auto-referência, circularidade e hierarquias enredadas, níveis fechados sobre si mesmos. Cada um desses pontos epistémicos escapa à minha Crítica… Mas todos esses pontos colocados em circuito fechado acabam por constituir uma forma simbólico total que releva da observação baudrillardiana.
Porém, é esta distinção entre episteme e forma simbólica que o nosso sociólogo não faz e eu julgo dever fazer. E reside aí o núcleo da discussão que nos opõe, sem contar que Baudrillard se interessa pouco pelas nossas capacidades - as suas próprias, portanto - para criticar as ideologias e os factores dominantes".
|
|
|
Índice: Introdução
I.O social corrompido pela técnica
II.Para uma crítica da comunicação: três metáforas, três visões do mundo
Primeira Parte
Fim da Comunicação
1. A Ciência Tradicional da Comunicação
III.O todo-comunicar
IV.A bola de bilhar
V.A criatura
VI.Da linha ao círculo
VII.A ruptura de Von Foester
VIII.Breve quadro da metáfora organística
IX.A gestão tradicional da comunicação
2. O Nascimento do Tautismo
I. Chirac é Chérèque, ou a sociedade de comunicação
II. Os mediaFrankenstein
A.As primeiras análises: a dominação do emissor
B.O emissor perde aqui poder: o poder dos intermediários
C.O destinatário destrona o emissor
D.Um ponto fixo: a tradição europeia
E.O bloqueio tautístico de Baudrillard
3. As Teorias Explicativas
I. Habermas: comunicação e sociedade
A.A alavanca da sociedade burguesa: o espaço público
B."A teoria da acção comunicativa"
C.Limites ou insuficiências
II. Jacques Ellul: tecnologia e sociedade
III. Pierre Legendre: o amor do absoluto
D.O império do amor
E.Uma genealogia… poética
Segunda Parte
Os fundamentos do Tautismo
1. A Bola de Bilhar em delírio
I. A inteligência muito artificial de Simon e Newell
A.Cinco postulados
B.Os resultados indiscutíveis: os sistemas experimentados
C.O atolamento:a linguagem corrente
II. Derrapagens e delírios
D.As derrapagens de Simon
E.Os conspiradores: Chomsky e Turing
F.O delírio Minsky
III-Um exemplo de sistema humano e experimentado: o DSM R
2. A tentação da criatura
I. As invenções de Palo Alto
A.Do indivíduo à orquestra
B.Da teoria à experiência
C.Os efeitos Palo Alto
II. Avaliação de Palo Alto
D.Uma terapia moral
E.As contradições e perplexidades deste pragmatismo. Anti-epistemologia ou epistemologia
III. A auto-organização em física e biologia
A.O "bootstrap" dos físicos
B.As células autónomas de Vichniac e de Atlan
IV. A recusa de Palo Alto
C.Pribram: holograma e casualidade
D.Changeux ou a recusa da complexidade
V. Varela ou o declive do solipsismo
VI. Para o neuronoidal
3. A terapia dos bons doutores
I. Um generalista: o xerife John Searle
II. Winograd e Florès: terapeutas do delírio da comunicação
representativa
III. O bom doutor Atlan cuida das tentações da comunicação expressiva
IV. O gabinete Barel-Livet: remédios para os delírios
sociológicos
A.A cura do doutor Livet
B.Barel, o vidente do invisível
C.Usos e desusos da "auto" nas pesquisas sociais
Terceira Parte
Futuro de Uma Ilusão
1. As tecnologias da alma
I. As tecnologias do "self"
D.O "segundo self"
E.Uma psicoterapia mágica
II. As tecnologias do espírito
A.A rede
B.O "ET" do paradoxo
C.A simulação
D.Interacção
2. A ciência Frankenstein (ou Ciência Cognitiva)
I. As suas origens: a psicologia dita cognitiva
II. A ciência cognitiva: autismo, tautologia, totalitarismo
III. Ilustrações
IV. O cognitivismo, ou ciência tautística do tautismo
3. A teoria Frankenstein
I. Uma moral universal
II. A procura de uma teologia secular
III. Uma teologia feiticiera e idólatra
Final
Moisés e Aarão
I. A linguagem falada
II. A instituição
III. A interpretação
|
|
|