| A violência das imagens. Ou como eliminá-la? Sinopse por: Luís Nogueira
|
|
|
Obra: A violência das imagens. Ou como eliminá-la? Autor(a): Olivier Mongin Editora: Bizâncio [www.editorial-bizancio.pt] Colecção: Torre de Babel Ano publicação: 1998 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 220
|
|
|
Temáticas: » Cinema » Cinema
|
|
|
|
|
|
Sinopse por: Luís Nogueira As questões para que esta reflexão procura uma resposta, enunciadas pelo próprio autor: "A violência (das imagens), ou como eliminá-la? Como sair dela? Este ensaio, que anda à volta destas duas questões, desenvolve-se em três tempos. Ao longo do primeiro, eu interrogo-me sobre as dificuldades contemporâneas em encenar a violência como uma experiência efectiva. Que pensar de uma violência que se apresenta cada vez mais como um novo estado natural, de uma violência de que somos os prisioneiros e os escravos? Seguidamente, passo em revista, ao longo da segunda sequência, diversos filmes em que predomina esta questão: como desembaraçarmo-nos da violência quando somos vítimas dela ou o seu autor? Se numerosos filmes evocam, demarcando-se assim do cinema mais contemporâneo da violência, uma violência sensível, vivida, ressentida e reenviada para uma verdadeira provação, outros exprimem a opinião de que a imagem contribui para tratar e reciclar a violência: é o caso de Martin Scorcese e de Stanley Kubrick, que se constituirão como objecto de estudo da terceira sequência deste livro". E mais à frente, refere o autor: "Esta obra não foi escrita por acaso. Por um lado, toma em consideração uma conjuntura cinematográfica e televisiva em rápida mutação: não é possível ignorar a velocidade com que as imagens se tornam cada vez mais ferozes e selvagens. Em seguida, este ensaio inscreve-se num trabalho de grande alcance sobre as paixões democráticas, a parte má, a parte maldita e escondida das nossas sociedades".
|
|
|
Índice: Introdução: Os ecrãs da violência
Questões lancinantes
Como eliminá-la?
Três hipóteses
Primeira parte
De uma violência para outra
1. As duas idades da violência
A provação da violência: os filmes do género
2. Assassinos Natos: entre limpeza e derisão
As lógicas do redobramento
Explosão de violência e carnificina
O monstro e o carniceiro (do Silêncio dos Inocentes a Instinto Fatal)
O terrorista e o limpador (de Blown Away a Léon)
O agressor-vítima e o serial killer: (do Amor à queima-roupa a Assassinos Natos)
Violência, estetização e derisão: os rituais de John Woo e Quentin Tarantino
Estetização: movimento e obsessão pelo pormenor
As mentiras da derisão (dos filmes de Tarantino ao Manual de Instruções para Crimes Banais)
Segunda parte
Como sairmos disto?
1. Os escravos da violência (O ódio)
Olha-os a cair
Corpos sem história
Sonoridades falhas de linguagem
Do bairro económico ao centro da cidade
Olha para os homens a caírem
Como olhar?
O ódio numa mansão de província (A Cerimónia)
2. Cenários para uma libertação: a família, os guerreiros e os antepassados (A alma dos guerreiros)
Os círculos da alienação e o reino da força masculina
Amor e ódio
A mulher-escrava
As saídas, o lado masculino
Jake o seu bando
Nig e Boog: como tomar-se por um guerreiro?
Reversões femininas da violência
A ilusão do regresso à aldeia (Before the Rain)
De uma para outra violência
O silêncio das imagens
3. Desfazer-se da violência ou como depor as armas? (Imperdoável e The Indian Rain)
O xerife ou o senhor da violência (Imperdoável)
Perdoar ou não?
A graça das mulheres
Como não se tornar numa fera? Ou o medo da má violência (The Indian Runner)
O medo
A violência do batedor índio ou a arte da caça
Como evitar agir como uma fera?
A violência, entre a morte e a vida
Crossing Guard
Terceira parte
Reciclagens da violência: Martin Scorcese e Stanley Kubrick
1. Que fazer da violência? Da queda à escalada
Como se entra na violência (Taxi Driver)
Os sinais do reconhecimento (O Rei da Comédia)
2. Como tratar a violência?
A Laranja Mecânica e Nascido para Matar
A lição de Kubrick: a arte do olhar
Extravasamento por analogia
Extravasamento pelo infinito
A experiência do olhar e o sujeito da visão
Uma dessensibilização crescente à violência?
Dessensibilização?
A fábula de Forrest Gump
Conclusão
Um mundo na via da pacificação?
Que reabsorção da violência?
ressurgências da violência
Dessensibilização e catárse
Anexo I
A cidade tomada como refém: os cinemas de Beirute
O sobrevoo ou a imagem suspensa
A chegada do que vem de fora
Imagens da possessão
A queda urbana ou o desaparecimento do olhar
Movimentos de aspiração
O falso cenário
A cidade a uma correria alucinante
Ressurgências
A boite oriental
O cinema beirutiano: as paixões do interior
Beirute, a cidade das metamorfoses
Uma paixão sagrada: a genealogia
Da cidade ao deserto
Beirute, vítima do visual?
Anexo II
Mentira das imagens e fanatismo cego (Wise Blood, de John Huston)
Pular a cerca
Tornar-se perverso
Sair da cidade
O perverso cega-se
|
|
|