|
Sinopse por: Luís Nogueira Um excerto do prefácio: "Traçar, indicialmente que seja, a trajectória de Roland Barthes, a circulação e a disseminação dos seus textos através das múltiplas fracturas e interstícios por eles abertos no espaço literário nosso contemporâneo, não é mais do que tentar percorrer, reescrevendo-a enquanto leitura, essa lenta e longa travessia da escrita de que a propósito de Dante falava Philippe Sollers. Toda a obra de Barthes se desenvolve, com efeito, de uma ponta a outra (as pontas que desde já dela podemos agarrar), como um verdadeiro work in progress, em torno da noção teórica e crítica de escrita, que é ela mesma, e antes de mais, uma prática da escrita. Poderemos afirmar, retomando os seus próprios termos, que é o desejo de escrever que, metamorfosenado-se, vai conduzindo Roland Barthes na sua travessia sem fim do texto (e pelo texto) da literatura, de que nós, leitores, também fazemos (e somos) o percurso. Assim, se para alguns o que acima de tudo conta é o Barthes teórico (linguista, semiólogo) ou o Barthes crítico, nós diríamos, pela nossa parte, que ambos se submetem em Roland Barthes, o escritor".
|
|