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Sinopse por: Graça Gonçalves Excerto do prefácio: "Comecemos por dizer que este livro não é: uma introdução a Roland Barthes, um guia de leitura da sua obra, e mesmo um resumo. Pelo menos, não pretendi que o fosse, deixando ao leitor o cuidado de se referir aos textos. O meu êxito seria completo se a leitura deste livro incitasse à leitura dos seus textos. O texto barthiano é de facto demasiado scriptible para que possa imaginar, um momento que fosse, a possibilidade de me introduzir como mediador entre ele e o leitor. Tentei antes circunscrever, a propósito de Barthes (o que não é um puro acaso: só ele no-lo podia permitir), dois tipos de problemas que talvez não sejam mais do que um só. Antes de mais, qual será o estatuto socio-político do signo, e como utilizar os signos que a sociedade nos lega (ou nos impõe) para a criticar: poderemos destruir o lobo alojando-nos confortavelmente nas suas goelas? _ pergunta algures Roland Barthes. Por outro lado, qual será o vínculo que une a linguística à semiologia? Dois problemas que não são talvez mais do que um só, dado que a recusa por parte de uma certa linguística da semiologia de Barthes, embora ocultada por um certo cientismo, nunca será mais (espero pelo menos tê-lo mostrado) do que uma posição ao fim e ao cabo política. (...)"
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