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Sinopse por: Luís Nogueira O início do texto é deveras esclarecedor sobre os propósitos da reflexão encetada pelos autores: "A maioria das primeiras tentativas para teorizar o cinema procurou estabelecer a sua singularidade de modo a justificar a sua existência. Rudolf Arnheim e Sergei Eisenstein, entre outros, consideraram ser o cinema diferente das outras artes precisamente devido à sua capacidade mecânica para mediar o mundo real. André Bazin, em contrapartida, alegava que o cinema era único porque podia usar a tecnologia para revelar o mundo real, e dessa forma libertar as artes plásticas ocidentais da sua obsessão com a semelhança. Ambas as abordagens ignoram as influências do passado que contribuíram para o cinema, o papel do cinema enquanto continuador da arte e cultura ocidentais, a sua evolução a partir da arte anterior em vez da sua singularidade.<br> Recentemente muitos têm vindo, com proveito, a debruçar-se sobre essas forças que existiram antes da invenção dos filmes e que contribuíram para a sua essência tal como a conhecemos cem anos depois. Este estudo irá explorar uma faceta desse passado comum: o modo pelo qual a imagética de certos tipos de pintura ocidental contribuiu para o impulso narrativo que veio a dominar a produção cinematográfica nos seus primeiros vinte anos".
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