| A cólera, o gesto, o acaso, a criação: uma questão de esponja Sinopse por: Luís Nogueira
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Obra: A cólera, o gesto, o acaso, a criação: uma questão de esponja Autor(a): Chaké Matossian Artigo da Revista: Revista de Comunicação e Linguagens Número: 17/18 Ano publicação: 1993 Ano entrada: 2000-01-01 Número de páginas: 87-94
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Temáticas: » Estética, Arte e Design » Estética, Arte e Design » Estética, Arte e Design
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Sinopse por: Luís Nogueira São suficientes os dois primeiros parágrafos para que se entenda o propósito e o alcance desta reflexão: "Plínio, no livro XXXV da História Natural, nas passagens 102-103, conta-nos o episódio da esponja que diz respeito ao pintor Protógenes, o qual, não conseguindo, no seu quadro Ialysus, representar a espuma de um animal ofegando (um cão), recomeça várias vezes, experimentando todos os tipos de pincéis. Finalmente, irritadíssimo, lança a esponja contra esta parte do quadro e obtém o efeito desejado. Este episódio é considerado como fazendo parte dos topoi da história de arte.<br>
Devemos ler esta passagem para perceber que algo mais sério que uma anedota se encontra aqui, ou seja, a questão do acaso no acto criador, na invenção, na arte. Qualquer coisa como a irresponsabilidade do pintor, qualquer coisa que faria com que a sua arte não dependesse totalmente dele. Ou então, pelo contrário, e ao que nos parece, este acaso ligado à linguagem do corpo e da paixão revelaria o próprio génio do artista, mostrando quanto a técnica se enxertou no corpo e indicando que não estamos perante o surgimento, mas no retorno, num retorno muito arcaico".
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