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Sinopse por: Luís Nogueira Logo no início do texto são avançadas algumas complexas e frutíferas questões, e daí parte o autor para construir a sua reflexão: "Repugna-nos hoje a ideia de um romance de tese ou mesmo de um romance histórico: que haveria ainda a provar, de apodíctico, no tecido do real ou das crenças que, como as ficções, apenas se partilham? Não suprimiram as Luzes o Tribunal universal, depois que a sua ideia se perdeu na era pós-cristã? Mais pragmaticamente: haverá uma língua universal que nos dê um idioma em que se possa traduzir uma cultura indígena? Haverá uma estrutura metafísica permanente que tudo possa assimilar, traduzir? A possibilidade de um catecismo universal, como encará-la, nesta perspectiva? Que acordo entre o elementar cristão e a opacidade de uma cultura, na ocorrência, a cultura japonesa? Que pode a persuasão contra a força, o litígio contra o diferendo? Como entender o cosmopolitismo cristão? Desde quando se reconhece que os pagãos têm ideias e práticas que se poderiam converter e misturar? Onde a consonância possível, o acordo de paz entre as religiões, preservadas as identidades e as leis da interlocução?"
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