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Sinopse por: Luís Nogueira A implementação e o desenvolvimento comercial bem sucedido da Rede Globo no Brasil foram tornados possíveis pela transferência de recursos financeiros e conhecimentos técnicos e administrativos do grupo americano Time-Life. O acordo celebrado nos anos 60 entre estes dois grupos foi crucial porque, num curto período de tempo, a Globo adquiriu um saber-fazer empresarial utilizado pelas mais avançadas estações de televisão comerciais dos Estados Unidos. Em cinco anos, 1962 a 1967, a Globo transformou-se num actor dominante no sector brasileiro de telecomunicações. Tendo uma forte posição no Brasil, os directores da Globo decidiram exportar os seus produtos culturais mais relevantes, telenovelas.<br>
Devido à proximidade cultural e linguística, Portugal foi um mercado natural. De facto, as telenovelas da Globo têm prendido as audiências portuguesas desde o fim dos anos 70. Contudo, nos últimos anos, o papel da Globo em Portugal tem sido muito mais compreensível. As estratégias de negócio da Globo foram importadas pelo canal comercial português Sociedade Independente de Comunicação (SIC). Com os conhecimentos da Globo, principalmente na área da programação, a SIC conseguiu transformar-se no canal líder em termos de audiências. Trinta anos depois, e apesar de diferenças óbvias, o resultado da influência da Globo na SIC pode ser visto como uma re-exportação do modelo comercial das televisões norte-americanas.
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