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Sinopse por: Luís Nogueira Diz o autor em introdução ao texto: "Anima-nos, no presente artigo, a tentativa de compreender os alicerces de um mito que, começando a ser erigido a partir de diversos registos literários da batalha de Ourique, contribui(u) para a modalização da auto-imagem de Portugal, em dois momentos-chave da sua história, a saber: no início do ciclo dos descobrimentos (após o primeiro quartel do século XV) e no período da dinastia filipina. No fundo, esses dois momentos são como que os limites do designado ciclo de ouro português, não só pelas viagens e conquistas então empreendidas, mas sobretudo pela consistência identitária e imaginária de que Portugal é, nesse século e meio, devedor. Facto inabalável é que, após a Restauração, a lenda simbólico-alegórica de Ourique, entre outras (como a do Encoberto), se instituirá decisivamente como uma faceta importante da auto-representação de Portugal, acabando por adquirir, após Herculano, uma verdadeira dimensão mítico-poética".
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