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Sinopse por: Luís Nogueira Lê-se na introdução ao texto: "Vida pública, vida privada: duas vidas distintas para um mesmo sujeito (mundaneidade, intimidade) ou duas espécies de sujeitos votados a percursos distintos (homens públicos, simples particulares). Nos dois casos, uma totalidade - tanto a classe dos sujeitos como o próprio sujeito - cinde-se, em conformidade com uma tipologia implícita dos papéis, correspondendo ela própria a uma segmentação espácio-temporal do vivido: lugares de exposição e espaços de retiro, momento de aparição ou apagamento perante uma testemunha exterior - o público; dicotomia inscrita na língua, e disponível para narrar o desenrolar de um fluxo (a vida) organizando-o significativamente. Daí o ângulo das observações que se seguem: na produção dos discursos sociais, que recobre esta oposição público-privado, enquanto categoria semio-linguística? Que operações autoriza ela na colocação dos sujeitos, e mais particularmente dos sujeitos que se anunciam na primeira pessoa- singular ou plural?"
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