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Sinopse por: Graça Gonçalves Da introdução: "Os ensaios escolhidos neste livro foram escritos entre 1972 e 1979, tendo todos eles por tema uma única noção, de diferença. Contudo, elaboraram-na de modos diferentes e, por vezes, claramente contraditórios (como é fácil constatar através da comparação entre os dois primeiros e os últimos três, por exemplo). Parece-me que isto se deve ao que Hegel chamaria "a própria coisa", que não é apenas o conteúdo do discurso _ precisamente o conceito de diferença, com os seus cambiantes, implicações, aporias; mas também o complexo jogo das relações que subsistem entre este conceito e a experiência histórica, se se quiser, o "espírito do tempo". Este espírito viu-se profundamente confrontado, nos anos mais recentes, com Nietzsche e Heidegger, os dois autores a que mais frequentemente e substancialmente estes ensaios fazem referência. E daí se tiram indicações ora análogas entre eles, ora contrastantes, o que se reflecte nos ensaios aqui apresentados, que resultam do reconhecimento de que, muito mais do que qualquer pensador presente no nosso horizonte cultural, Nietzsche e Heidegger modificaram de uma maneira substancial a própria noção de pensamento, pelo que, depois deles, "pensar" assume um significado diverso do de antes. (...)"
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