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Sinopse por: Luís Nogueira O ponto de partida do texto: "As agudas mutações culturais que incidem sobre o nosso ser-estar na dobra do milénio requerem uma análise abrangente de questões relacionadas à ética comunicacional. Já não vivemos ao alcance apenas do rádio, da televisão, do jornal, da publicidade, do cinema e do vídeo. A era dos fluxos hipervelozes de informação reconfigura irreversivelmente o campo mediático. A força invisível dos circuitos integrados on line ultrapassa toda e qualquer fronteira, numa rotação incessante. A veiculação imediata e abundante não somente delineia modos singulares de produção e consumo de dados, imagens e sons, como propicia um realinhamento nas relações dos indivíduos com os aparelhos de enunciação. As máquinas de infoentretenimento reinventam-se como organismos de difusão simbólica, seja em decorrência da brusca aceleração tecnológica, ou pela possibilidade de se ajustar a vias de mão dupla no tráfego de mensagens. Neste quadro de deslocamentos e rupturas, o fenómeno Internet precipita mudanças de paradigmas que podem ser absorvidas em sintonia com a ideia de humanização da sociedade. Na órbita da mega-rede digital, flutuam instrumentos privilegiados de inteligência colectiva, capazes de, gradual e processualmente, fomentar uma ética por interacções, assentada em princípios de diálogo, de cooperação, de negociação e de participação. A imagem clássica dos aparelhos de divulgação no topo da pirâmide e dos receptores confinados na base está se rompendo com a arquitectura dos espaços de comunicação na Internet".
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