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Sinopse por: Luís Nogueira De algum modo está descrito, em traços gerais, no primeiro parágrafo, o intento desta reflexão: "Tivemos sempre o pressentimento de que a figura, o figurativo, não pertencia ao estado das coisas relatadas; que ela rompia de forma irreversível com aquilo a que chamamos o sentido ou, no quadro da teoria sassureana do signo, o significado. Não, a linguagem não é primordialmente estrutura, níveis, sistema. O poema, o desenho são um acontecimento espiritual, e não o objecto para que nos remete o positivismo. O próprio do trabalho poético consiste em desfigurar as retóricas das objectividades evidentes, convertendo-as em figuras. O próprio do poeta é recolher enigmas, como Rilke sabia".
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