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Sinopse por: Luís Nogueira É este o início do texto, suficientemente esclarecedor: "Num artigo intitulado Sulla Stampa publicado por Umberto Eco, em 1995, aquele autor defende que na esfera da informação os anos 60 e 70 foram essencialmente caracterizados por dois tipos de debate: i) a diferença entre notícia e comentário e consequentemente a questão da objectividade e a par desta a imprensa enquanto instrumento do poder em função da posse por grupos económicos e influência dos partidos sobre a orientação política da imprensa. ii) e uma segunda esfera de debate que incidia em torno da relação entre jornais diários, semanários, rádio e televisão e a forma como a notícia tinha origem num e era ou não aprofundada no seguinte, ou seja, quem dominava a agenda noticiosa.
Serão os velhos temas enunciados por Umberto Eco igualmente actuais para o questionamento da Internet? Julgo que a resposta terá que ser que sim. Questões como a objectividade da informação, a posse dos meios de difusão (sejam eles portais ou páginas) e a influência dessa posse na recepção da informação ganham uma nova dimensão quando olhadas já não na dimensão dos 500 canais globais, da rádio que vai ao fundo do Mundo/Rua ou dos semanários e diários de referência mas sim à dimensão dos 800 milhões de páginas e da dezena de Portais nacionais e globais que contribuem para a construção das nossas representações da Internet enquanto espaço de Filtros, Montras e Notícias.
A questão da qualidade e quantidade de informação e da forma como lidar com ela são o ponto de partida para perceber que nem tudo se joga na questão do acesso às novas tecnologias de comunicação e informação e que para além da destreza na utilização da informática, o pensamento crítico e a dedução são ferramentas fundamentais para as diversas dimensões da interacção social na sociedade em rede".
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