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Sinopse por: Luís Nogueira Começa assim este texto, apresentado no I Congresso da SOPCOM, em Março de 99: ”Há hoje todo um conjunto de signos que escaparam da imagem publicitária e acabaram por se colar aos objectos, outrora significados, hoje eles próprios significantes tão eficazmente trabalhados que estão a corromper, emparedando-o, o que outrora foi um vasto espaço de recepção intelectual do sensível, minimizando a elaboração reflexiva em ordem a produzir, de forma imediata, uma acção ou resposta.
As marcas desta criação de novos signos hipercomplexos cuja recepção deve processar-se de forma linear e indolor notam-se sobretudo como aspiração inconfessada e não totalmente consumada. De facto o dignóstico catastrofista é impossível pois encerra a autocontradição dos seus termos, a vontade monoliticamente anestesiada não discorre sobre a própria perdição. Todavia os sinais desta privação de sentido do ruminar que conquista o sentido afiguram-se-me inegáveis: invadiram todos os discursos, dos media à publicidade, da troca e da guerra à geografia dos espaços urbanos, hoje um jogo disposicional onde a topologia já aponta sem mediação para a reacção apropriada”.
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