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Sinopse por: Luís Nogueira Podemos socorrer-nos de dois excertos do texto para tentar perceber onde o autor procura chegar com a sua análise: "Faz sentido falar de um momento maneirista do cinema a propósito de Preminger, porque há na evidência visual do seu estilo (dessa nudez) uma vontade de reencontrar, para além de Hollywood, das suas maquinarias e dispositivos, uma pureza (um estado originário) da forma". E mais adiante: "O que primeiro surpreende e comove no cinema de Preminger - principalmente no cinema que está presente nos filmes da sua primeira fase americana - é, para além de uma impressionante constância do estilo, a homogeneidade de um espaço, cujas propriedades permanecem praticamente inalteráveis de filme para filme". E pode ainda aproveitar-se uma citação de Andrew Sarris que o próprio autor faz para compreender melhor o que está em questão no cinema de Preminger: "(...) Um realizador que vê dois campos num único plano em todos os problemas e saídas, como expressão estilística de um eterno conflito, não entre o bem e o mal, mas entre o bem-mal de um lado e o bem-mal do outro, a representação do bem-mal em cada um de nós como estigma da própria condição humana)".
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