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Sinopse por: Luís Nogueira “Temos que reconhecer que a situação actual e o destino futuro do cinema se tornaram, em vários aspectos, contestáveis. Há algumas décadas, o cinema ainda era rodeado de uma reputação invejada, aclamado como a forma de expressão representativa da era moderna que reage com uma sensibilidade ímpar aos novos desafios. De repente, o adolescente de posição incerta tornou-se adulto, como dizíamos naquela época; tornou-se uma arte maior, com a sua autonomia confirmada. Depois tudo isto acabou e agora fala-se da crise, ou mesmo da morte do cinema. Outros géneros tradicionais já enfrentaram vezes sem conta as profecias de morte. No caso do cinema, é esta a primeira vez. Talvez seja por causa disto que reagimos com tanto pessimismo”. Mas importa identificar e valorizar aquilo que resiste, e por isso a autora afirma: “Os meus argumentos em defesa da sétima arte referem-se ao facto de que as novas técnicas cinematográficas elaboradas e aplicadas na composição textual, espacial e temporal são duradouras e frutíferas, se bem que o papel e o interesse do cinema tenham mudado com a aparição dos novos media. (...) Caso sejam aplicáveis as formas estruturais da arte mais abstracta e mais sensitiva, a causa ainda não está perdida”. É sobre este estado da arte cinematográfica e seus caminhos possíveis que o texto fala.
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